CAFÉ

 Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 91,75 cents/lb (-115 pontos) no vencimento julho/19. O mercado externo passou por ajustes técnicos ao longo do dia depois de alta expressiva na véspera, mas também acompanhou as oscilações cambiais.

Em novo levantamento de safra da Conab, a produção total dos Cafés do Brasil para esta safra de 2019 foi estimada em 50,92 milhões de sacas de 60kg, das quais 36,98 milhões são de café arábica e 13,94 milhões de café conilon. Tal estimativa implica redução de 17,4% da safra de 2019 em comparação com a de 2018, que foi de 61,66 milhões de sacas. Desse volume físico, 47,48 milhões de sacas foram de café arábica e 14,17 milhões de café conilon. Assim, verifica-se que, num comparativo da safra de 2019 com a de 2018, a produção de arábica teve redução de 22,1% e conilon de 1,7%.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 90.88 e posteriormente em 90.02. Já resistências vistas em 93.23 e 94.72.

 

De acordo com a Somar Meteorologia, a frente fria continua seu avanço e hoje provoca chuva entre Santa Catarina e o Paraná. No Rio Grande do Sul, o tempo fica mais firme no interior, mas com chuva até a sexta-feira na faixa leste do Estado, por causa da formação de uma área de baixa pressão. No Sudeste, a presença de uma massa de ar seco impede a chuva e favorece os trabalhos de colheita. Amanhã, a frene fria chega ao Sudeste e provoca chuva até a sexta-feira nas áreas de café entre São Paulo e Minas, mas o destaque e a queda de temperatura prevista para o fim de semana. No sábado o tempo abre e durante as primeiras horas do dia serão registradas as temperaturas mais baixas do ano em muitos municipios do Sul e do Sudeste, inclusive com o risco para formação de geadas por perda radiativa em áreas de café mais vulneráveis, acima dos 1000 metros de altitude. A vulnerabilidade fica principalmente para o Café em baixadas ou instalado para a face sul (onde se recebe menos energia solar e portanto trata-se de uma área mais fria).

DÓLAR

O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,0490 (-1,36%), com investidores monitorando os trabalhos no Congresso e em dia de divulgação da ata da última reunião política monetária do Federal Reserve (banco central dos EUA).

Do lado externo, investidores repercutiram a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA). Os integrantes do Fed concordaram que a atual postura de paciência para a política monetária pode permanecer "por algum tempo", em mais um sinal de que veem pouca necessidade para mudar os juros em qualquer direção.
A disputa comercial entre Estados Unidos e China, que agora tem o setor de tecnologia no foco, permaneceu no radar de investidores.

 

Na cena interna, participantes do mercado monitoraram os trabalhos no Congresso, em especial a Câmara, que deve votar nesta sessão a medida provisória da reforma administrativa após acordo na véspera.

A percepção de que, mesmo que o governo siga desorganizado na articulação política, o Congresso está comprometido em avançar com a pauta econômica encoraja investidores locais a deixarem posições defensivas neste pregão, permitindo um recuo expressivo do dólar.
A atuação dos parlamentares é bem vista neste momento, uma vez que o governo precisa que o Congresso se empenhe em votar uma série de medidas provisórias que podem cair no início de junho.

Italo Henrique

Expocaccer / Departamento Comercial