Presidente Silas Brasileiro discursou sobre a importância do sistema cooperativo nacional como importante esteio da sustentabilidade

O Conselho Nacional do Café (CNC) participou da Semana Internacional do Café (SIC), realizada de 7 a 9 de novembro, em Belo Horizonte (MG), e de uma série de eventos organizados pela Plataforma Global do Café (GCP, em inglês) durante a feira.

No dia 8, o presidente executivo da entidade, Silas Brasileiro, em discurso para aproximadamente 350 pessoas, abriu a Conferência Global de Sustentabilidade do Café 2018, considerado o maior evento mundial sobre o tema na cafeicultura.

Promovido pela GCP, a Conferência reuniu 45 palestrantes e painelistas de 15 países e de todos os elos da cadeia, para debater temas fundamentais relacionados à sustentabilidade da cafeicultura, inclusive a viabilidade econômica da atividade.

“As cooperativas que o CNC representa congregam milhares de pequenos cafeicultores e têm sido um importante esteio da sustentabilidade há décadas, oferecendo soluções inteligentes e integradas de acesso a insumos, tecnologias e serviços de assistência técnica e mercadológicos, principalmente proteção contra a volatilidade dos preços”, destacou.

Segundo Brasileiro, as atividades desenvolvidas no âmbito da GCP no país vêm somar a essa tradicional base cooperativista de suporte aos produtores de arábica e conilon “para torná-los mais eficientes, melhores gestores e mais resilientes às oscilações do mercado”.

O presidente do CNC anotou que, no Brasil, a Plataforma também desenvolve uma agenda público-privada de grande relevância, onde o Currículo de Sustentabilidade do Café (CSC), seus itens fundamentais alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e seus indicadores permitem avaliar a sustentabilidade das regiões produtoras.

 

Cremos que seja possível, com esse trabalho, criar um processo que facilite acesso a mercados e agregue valor, assim como permita a canalização de recursos para abordar os desafios da sustentabilidade em seus âmbitos social, ambiental e, principalmente, econômico”, comentou.

Silas Brasileiro ressaltou, ainda, que o pilar econômico da sustentabilidade geralmente é o menos lembrado, embora seja o esteio das dimensões ambiental e social. “Diante disso, convidamos o comércio de café, a indústria, o varejo e a sociedade civil, todos os presentes, para dialogar com os produtores e seus representantes no evento e buscar maneiras de viabilizar a sustentabilidade econômica dos cafeicultores, sem a qual, reforço, fica muito difícil garantir a sustentabilidade ambiental e social”, pontuou.

 
Fonte: CNC
Publicado em 14/11/2018 15:49