Em seu Relatório Internacional de Tendências do Café de outubro, a equipe da Ufla aponta peculiaridades da produção em diversos países. Entre as informações, consta um novo relatório sobre o impacto das mudanças climáticas sobre a cafeicultura que circulou mundialmente. O estudo foi produzido pelo Climate Institute, um centro de pesquisas climáticas independente da Austrália, e encomendado pela Fairtrade Australia & Nova Zelândia.


De acordo com o texto divulgado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café, o relatório aponta que a elevação da temperatura poderá reduzir a área apta ao cultivo de café pela metade nas próximas três décadas. “Além disso, o café selvagem, ainda presente nas florestas africanas, correria risco de extinção nos próximos 70 anos. Essa possibilidade preocupa cientistas, visto que, aquelas plantas podem conter informação genética valiosa para o desenvolvimento de novas variedades mais resistentes ao calor”, afirma.

"Além disso, o aquecimento já estaria aumentando a área de atuação de pragas e doenças. O surto de ferrugem na América Central é atribuído à estas mudanças. Na África, a coffee berry borer passou a afetar cafe¬zais em altitudes que eram consideradas livres da praga", considera o Bureau.