O VI Prêmio Região do Cerrado Mineiro, que celebra a cafeicultura da região, promoveu um leilão ao vivo dos 25 lotes finalistas durante a cerimônia da premiação, realizada em 21 de novembro, em Uberlândia (MG). O destaque da noite foi o lote ganhador da Categoria Natural, o café da variedade Bourbon Amarelo, que alcançou 88,06 pontos de nota. O valor da venda foi de R$ 19 mil para a saca de 60 quilos, batendo o recorde de preço mais alto já pago por um vencedor do prêmio. Com sabor e aroma de goiabada, morango, jabuticaba, frutas cítricas, notas de vinho tinto e uísque, o café foi produzido pela Fazenda São João Grande, de Eduardo Pinheiro Campos, e arrematado pela exportadora Cafebras.

A premiação é dividida em duas categorias: Natural e Cereja Descascado, sendo que são escolhidos os três melhores lotes de cada. O produtor Eduardo Pinheiro Campos também conseguiu a segunda colocação na categoria Cereja Descascado, com nota de 86,84 pontos. Ele decidiu doar os R$ 5.700 da venda deste lote para a reforma estrutural do Centro de Excelência do Café, em Patrocínio, mantido pela Fundaccer (Fundação de Desenvolvimento do Café do Cerrado). Eduardo ainda se tornou o maior detentor de títulos da história do prêmio e recordista com o café mais caro já vendido nesta iniciativa.

 

Ainda na categoria Cereja Descascado, o primeiro lugar ficou com o produtor Ismael de Andrade, com a nota de 87,25 pontos. Seu lote foi arrematado pela Condessa por R$3.100 a saca de 60 kg. Em terceiro lugar veio a Dimap, com nota de 86,19 pontos – a empresa também resolveu doar R$ 4.350 , referente ao lote de 3 sacas comercializado no leilão, para a Fundaccer.

Já na categoria Natural, a segunda posição foi de Pedro Humberto Veloso, com nota de 87,58 pontos, seguido de Márcio Borges Castro Alves, em terceiro lugar, com nota de 87,42 pontos. 

Vencedores do VI Prêmio Região do Cerrado Mineiro (Foto: Divulgação)    

Evento
O Prêmio Região do Cerrado Mineiro busca celebrar as melhores produções mineiras de café. Na edição de 2018, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado ficou responsável pela organização do evento, juntando finalistas e uma plateia de 300 pessoas, que acompanharam os lances ao vivo.

Foram 13 compradores inscritos para o leilão: Expocaccer, Olam, Nucoffee, Volcafé, Cafebras, Stockler, EISA, Café Cajubá, Cerrad Coffee, 3 corações, Lucca Cafés Especiais, Condessa e Carmo Coffees.

A Cafebras arrematou cinco lotes, o maior número da noite. Café Cajubá e Nucoffee arremataram 4 lotes cada uma, e a Cooperativa Expocaccer levou 3 lotes.

A sexta edição do prêmio movimentou R$ 389.983 mil entre  vendas antecipadas das cotas e vendas do leilão. O valor médio por saca foi de R$ 1.559,93.