Cresce, a cada ano, o interesse dos cafeicultores brasileiros pela produção de cafés gourmets e especiais;

O mercado de café continua firme e comprador. Os contratos de café na ICE Futures US, em Nova Iorque, tiveram mais uma semana de forte alta, apesar do feriado do dia de Ação de Graças ontem, nos EUA, quando a ICE não trabalhou. Os contratos com vencimento em março próximo somaram 340 pontos de alta no período, equivalentes a 25 reais por saca. Desde 10 de outubro, quando esse movimento se iniciou com os contratos para março valendo US$ 0,9715 por libra peso, esses contratos, que fecharam hoje a US$ 1,1905 por libra peso, subiram 2,190 pontos, equivalentes a 136 reais por saca.

 

 

O excelente desempenho das exportações brasileiras em 2019, que deverão ultrapassar quarenta milhões de sacas de 60 kg no ano, um novo recorde histórico; a forte procura nos últimos dois meses por novas compras pelos importadores de café brasileiro; a certeza de que a atual safra brasileira 2019, de ciclo baixo, foi ainda menor e de pior qualidade do que o inicialmente estimado; as mudanças na economia brasileira com inflação baixa, juros baixos e boa oferta de crédito, que permitem aos produtores brasileiros venderem a produção com calma, aproveitando os bons momentos; os repetidos problemas climáticos que já comprometem o volume inicialmente estimado de nossa próxima safra 2020, de ciclo alto; a necessidade, crescente a cada ano, de cafés brasileiros para compor os “blends” nos países consumidores; o forte crescimento de consumo no continente asiático; tudo contribui para o reajuste atual.

 Em nossa opinião, essa alta permite que os cafeicultores brasileiros “respirem”, mas ainda não remunera dignamente o imenso esforço, os riscos e os investimentos, a cada ano maiores, dos produtores de café no Brasil. Os cafeicultores ficam com uma fatia muito pequena da imensa riqueza gerada pelo café em todo o mundo.

Cresce, a cada ano, o interesse dos cafeicultores brasileiros pela produção de cafés gourmets e especiais. Os concursos se multiplicam e estão se espalhando por todo o Brasil. Hoje, em Santos, na sala de pregão do Palácio Oficial da Bolsa de Café de Santos, tombado como patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), será realizada a premiação do 18º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo.

Onze produtores paulistas, premiados no concurso, serão anunciados e saberão o valor oferecido pelas sacas de seus cafés no leilão que foi realizado pela Câmara Setorial de Café do Estado de São Paulo. Treze empresas – torrefações e cafeterias - vão entregar aos produtores os seus lances compradores e, assim, todos conhecerão e poderão aplaudir os compradores desses cafés premiados, que, em seguida, serão industrializados e identificados com etiquetas especiais, para ganharem o mercado como a EDIÇÃO DOS MELHORES CAFÉS DE SÃO PAULO - 2019.

Esta é a forma pela qual, há 18 anos, a Câmara Setorial de Café do Estado de São Paulo estimula a melhoria da qualidade e a agregação de valor aos grãos paulistas.

Até dia 28, os embarques de novembro estavam em 1.812.272 sacas de café arábica, 120.459 sacas de café conilon, mais 186.791 sacas de café solúvel, totalizando 2.119.522 sacas embarcadas, contra 1.332.587 sacas no mesmo dia de outubro. Até o mesmo dia 28, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 2.995.744 sacas, contra 2.632.543 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque (ICE) do fechamento do dia 22, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 29, subiu, nos contratos para entrega em março próximo, 340 pontos ou US$ 4,50 (R$ 19,08) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam, no dia 22, a R$ 641,30 por saca, e hoje, dia 29, a R$ 667,71. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 60 pontos.