Quando se corta o tronco do cafeeiro, por exemplo, com uma recepa, é possível ter uma ideia da idade das plantas, através da contagem dos anéis formados no tronco, denominados anéis de crescimento.
A formação de anéis, bem definidos, facilita a avaliação da idade das plantas em condições de clima temperado, onde existe uma nítida paralisação de crescimento, em um período do ano, no inverno. Sob condições de clima tropical é mais difícil, porém diversos trabalhos efetuados com árvores de madeira conseguiram demonstrar essa viabilidade, pois condições de clima seco também provocam a paralisação de crescimento.
No cafeeiro a condição de transição de crescimento também existe, na maioria das regiões, com clima seco a partir de maio até setembro/outubro. Não se conhece, no Brasil, um estudo sobre a correlação entre a constatação de anéis e a idade na planta de café.
Recentemente, chamou a atenção, numa poda de cafeeiros, a curiosidade de observar o tronco cortado diante da possibilidade de avaliar a idade da planta, logicamente já se conhecendo, a priori, a época de plantio da lavoura.
A verificação foi feita em cafeeiros no Sul de Minas, em Boa Esperança, em cafeeiros plantados em fevereiro de 1998, portanto, hoje com 17-18 anos de idade. Observando com cuidado os anéis é possível, realmente, verificar esse mesmo número, alguns anéis mais estreitos e outros mais largos. Como se sabe, a largura desses anéis pode contar o que se passou com o clima, durante esse período. Isso e outras condições edáficas podem influenciar no crescimento, pois as árvores crescem mais no período/anos de mais chuva e, no caso do cafeeiro, pode ser, ainda, que em anos de menor safra, a planta cresça mais o tronco.
Por isso, as informações que ficam marcadas no tronco do cafeeiro são importantes para a obtenção de mais informações sobre o clima e outras condições no passado.
Por fim, uma curiosidade - O método científico que determina a idade de uma árvore com base nos anéis do tronco é chamado de dendrocronologia, sendo que essa técnica foi inventada e desenvolvida pelo pesquisador da Universidade do Arizona-USA, Andrew Ellicott Douglass, em 1929.