O Banco do Brasil lançou nesta terça-feira, 22, uma medida emergencial para prorrogar as dívidas dos cafeicultores de Minas Gerais. Reinvindicação do setor produtivo, a nova linha vai possibilitar a prorrogação e a renegociação com condições favoráveis aos produtores de café. O setor, responsável por uma contribuição média de R$ 26 bilhões anuais ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, atravessa momento de crise, com preços inferiores do esperado para ano de baixa produção.
“O Banco do Brasil deu resposta rápida, permitindo que o cafeicultor, com dificuldade no fluxo de caixa, tenha duas oportunidades: um programa de prorrogação de cinco anos e uma outra linha, voltada aos produtores sem dificuldades extremas, de renegociação, com prolongamento em até 12 anos. Isso dará ao cafeicultor condições de reorganizar seus negócios, colher sua safra e seguir na atividade”, explicou o presidente do Federação da Agricultura do Estados de Minas Gerais, Roberto Simões.
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De acordo com a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Valentini, além dos preços baixos, os produtores tiveram quebra na produção em quantidade e na qualidade do café deste ano. “A medida não resolve totalmente o problema, mas traz um prazo para que o produtor possa pagar suas dívidas e ter novo fôlego”, afirma.
Marco Túlio Moraes da Costa, diretor de Agronegócios do Banco do Brasil afirma que com o prolongamento do prazo para o pagamento em até cinco anos, o produtor rural poderá pagar a primeira parcela em 2021, mantendo as mesmas condições, garantias e taxas de juros inicialmente contratadas.