Em 2019, as exportações brasileiras de café solúvel bateram recorde, atingindo 91,96 mil toneladas, cerca de 4 milhões de sacas de 60 kg. Esse volume representa um aumento de 7% em relação a 2018, quando as vendas externas atingiram 85,97 mil toneladas, equivalente a 3,72 milhões de sacas.

O relatório elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) aponta que dos 106 países que receberam o produto, os Estados Unidos lideram o ranking, com 17% do total. Em 2019, foram adquiridas 15,3 mil toneladas, aumento de 3,1% em comparação com 2018, quando foram adquiridas 14,8 mil toneladas.

Na sequência estão Rússia, Indonésia e Japão. No entanto, quando se considerar a soma das importações dos países que integram a União Europeia (UE), o bloco assume o segundo lugar, com crescimento significativo de 22,9% no ano passado.

Outros países registraram um aumento expressivo na compra do solúvel brasileiro, como a Indonésia, quarto maior produtor de café do mundo, que ampliou em 2,9% as importações, se tornando o terceiro maior destino das exportações brasileiras. Myanmar (sudeste asiático) aumentou em 61,4% suas compras. O destaque ficou para o México, segundo maior produtor mundial de café solúvel, que aumentou em cerca de 315% a compra do produto nacional.

De acordo com o relatório, a expansão nas exportações pode ser atribuída, em parte, à reconquista de alguns mercados compradores do produto brasileiro, prejudicados no atendimento às suas demandas entre 2016 e 2017. A redução verificada nesse período, por conta da queda acentuada na produção de café canéfora (conilon - utilizado na produção do café solúvel) no Espírito Santo, foi em função de problemas climáticos.

Em relação ao consumo doméstico, o relatório aponta um crescimento médio de 4,22% ao ano nos últimos três anos, índice superior ao do café torrado. Nesse contexto, vale destacar que, em 2019, teve um crescimento de 5,6%, se comparado com 2018.

As informações são do Mapa.