Guarujá, 17 - A queda das cotações do café, que é de cerca de 25% só neste ano, tem permitido às indústrias de torrefação um reequilíbrio entre preço de venda e custo de produção. A avaliação é de, Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), entidade que promove nesta semana o 21º Encontro das Indústrias de Café (Encafé), em Guarujá, no litoral paulista.
Herszkowicz observou que muitas indústrias não conseguiram renegociar o repasse do custo com a matéria-prima, principalmente no período entre 2010 e 2011, quando os preços do café alcançaram níveis historicamente altos. "Com a queda do preço do café nos últimos dois anos, as indústrias estão podendo apenas se reequilibrar, mantendo-se dentro do negócio", disse.
Apesar da melhora na situação financeira das indústrias, o executivo considerou que a queda dos preços do café também pode trazer consequência negativa. Uma delas é a guerra de preços, por pressão do varejo. "Hoje já é possível observar promoções pontuais, cujos preços podem estar abaixo do custo", comentou.
A Abic estima que o consumo de café no Brasil deve crescer entre 2,5% e 3% este ano, totalizando cerca de 21 milhões de sacas de 60 quilos, nível só inferior ao dos Estados Unidos.
Fonte: Agência Estado