A área de plantio de café em Minas está em torno de 1,03 bi/ha, superior em 6,6% ante a safra passada/Divulgação/SEAPA

A safra mineira de 2016 de café poderá alcançar uma média de 27,7 milhões de sacas de 60 quilos. Em comparação com a produção de 2015, o resultado sinaliza crescimento da de 24,38%. Mesmo com a produção elevada, a expectativa é que os preços se mantenham nos patamares atuais, entre R$ 450 e R$ 500 a saca de 60 quilos, sustentados pelos estoques baixos após dois anos de produção menor que o consumo interno e as exportações.


O clima favorável e o período de bienalidade positiva na maioria das regiões produtoras do Estado justificam o incremento sobre 2015, ano em que os cafezais foram severamente prejudicados pela falta de chuvas. Os dados são do “1º Levantamento para a Safra de Café 2016”, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Ainda conforme a Conab, o volume a ser colhido no Estado pode variar 2,7% para mais ou para menos, com intervalo de produção entre 26,99 milhões de sacas e 28,48 milhões de sacas. Caso alcançado o volume médio, 27,7 milhões de sacas, a produção vai se igualar ao recorde estadual registrado na safra 2013.

A área de plantio está em torno de 1,03 bilhão de hectares, superior em 6,6% em comparação à safra passada. A produtividade média do Estado está estimada em 26,86 sacas por hectare, 16,65% acima do resultado obtido na safra 2015.

O incremento se deve, principalmente, à expansão esperada para as regiões do Cerrado e Sul de Minas. Para a região da Zona da Mata, que apresenta bienalidade invertida com relação ao Estado, a estimativa é de redução da produção na ordem de 2,82%, em comparação a 2015.


Positivas - Segundo o Assessor Especial de Café da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Niwton Castro Moraes, as expectativas são positivas tanto em produção como nos preços pagos aos produtores.

“Até o momento, todas as condições que envolvem a cafeicultura estão permitindo que Minas colha uma safra maior que nos últimos dois anos produtivos, que foram afetados por um veranico severo. O dólar valorizado deve impulsionar as exportações, sustentando os preços para o cafeicultor”, observa Moraes.