A Emater (MG) conta com um material sobre o Manejo de Cafezais em Produção. Separamos alguns itens para esclarecer dúvidas à nutrição mineral do cafeeiro.

Os ingredientes considerados essenciais para o cafeeiro são classificados em:

Macronutrientes – nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre, demandados em maior quantidade pela planta.

Micronutrientes - boro, zinco, cobre, ferro, manganês, cloro e molibdênio, demandados em menor quantidade pela planta.

A extração é a quantidade de nutrientes que a planta retira do solo e ficam contidos em todas as suas partes (raízes, caule, ramos, folhas, flores e frutos). A exportação de nutrientes é a parte da extração que deixa o local como componente de partes vegetais, como frutos e troncos, no caso de podas.

Pode-se devolver parcialmente os nutrientes exportados como, por exemplo, ao se utilizar a palha (casca dos frutos de café, após beneficiamento) nas lavouras como adubo orgânico. Quanto maior a exportação de nutrientes de um local de produção, maior será a necessidade de reposição para atender as demandas da cultura.

Quando a planta apresenta sintomas de deficiência ou excesso de algum nutriente, a produção pode já ter sido comprometida. É comum no campo haver mais de um sintoma de deficiência e/ou excesso simultâneos, dificultando a definição sobre quais deles estão atuando no problema.

Saiba os benefícios de cada um:

Nitrogênio – é um nutriente altamente exigido e o mais acumulado pelo cafeeiro. Uma adubação nitrogenada adequada é fundamental tanto para o crescimento estrutural da planta (folhas, caule, ramos e raízes), como o florescimento e à frutificação abundantes.

Fósforo – na fase adulta da planta é menos exigido em quantidade que o nitrogênio e potássio, diferente da fase de formação, quando atua na estruturação das raízes e do lenho, por isso, a importância da presença na adubação de plantio.

Potássio – é o segundo nutriente mais demandado pelo cafeeiro, exerce importante papel na fotossíntese, respiração e circulação da seiva, sendo que sua exigência é maior em plantas mais velhas.  O seu adequado suprimento possibilita ao cafeeiro resistir mais nos períodos secos, sua importância se estende ainda, na resistência ao frio, por conferir maior concentração em solutos na planta, como resultado de uma maior eficiência fotossintética.

Cálcio – fundamental no desenvolvimento radicular. Sua importância é maior no período de implantação da lavoura, devendo ser colocado ao alcance das raízes, uma vez que a sua absorção se dá por interceptação. Assegura a planta maior resistência à seca.

Magnésio – destaca-se na fotossíntese. É componente da clorofila, pigmento responsável pela coloração verde de ramos e frutos novos e das folhas do cafeeiro.

Enxofre – conta com aminoácidos e apresenta funções estruturais em proteínas e diversas funções metabólicas. Ele participa da síntese de clorofila e é muito importante para o desenvolvimento das raízes.

Zinco – pode limitar a produção do cafeeiro. Está diretamente ligado às áreas de crescimento da planta e tem papel importante na germinação do tubo polínico, influenciando a florada e também o tamanho dos frutos.

Boro – limita a produção do cafeeiro. É encontrado na matéria orgânica e sua falta pode se dar tanto em função da lixiviação (chuvas excessivas), do efeito de calagem excessiva, como também em decorrência de doses de adubos nitrogenados e pode ser agravada nos períodos secos do ano.

Ferro – componente da clorofila, participa do processo de respiração. Ele é o macronutriente mais acumulado pelo cafeeiro, pela alta disponibilidade nos solos, onde os cafezais estão implantados. O excesso de calcário e de matéria orgânica pode ocasionar a sua deficiência.

Manganês – é o micronutriente mais acumulado após o ferro, e a exemplo deste, o grande acúmulo não traduz uma exigência da planta, sendo que eventuais desequilíbrios em manganês se destacam mais pela sua deficiência que pelo excesso. Ele participa da fotossíntese e pode substituir o magnésio em diversas enzimas.

Cobre – geralmente não é encontrado em quantidade suficiente no solo. Adubação nitrogenada elevada, calagem excessiva, alto teor de matéria orgânica, adubação fosfatada pesada e excesso de água, podem induzir à sua deficiência.

As informações são do material divulgado pela Emater (MG).