Manter a qualidade, apesar das vendas mais baixas, ou apostar no aumento da produção, mas com menor qualidade? Essas são alternativas às quais o setor de café da Guatemala se depara diante dos baixos preços internacionais do grão.
Para o membro do Conselho Diretor da Associação de Exportadores de Café(Adec), Mariano Ventura, a Guatemala deve rever a sua política de produção com relação ao que mais lhe convém. Os problemas do setor serão abordados durante o28º Congresso Nacional do Café, organizado pela Associação Nacional de Café (Anacafé).
Qual a situação do grão nacional?
A produção da Guatemala vem caindo, o que afeta diretamente o volume de exportação. Em 2016, o país embarcou cerca de 2,99 milhões de sacas de 60 kg. Para a colheita de 2000/2001, foram exportadas 5,14 milhões de sacas.
O que se deve fazer?
A decisão dependerá da política que o país quer seguir, se quer produzir qualidade ou volume. O Brasil, por exemplo, decidiu produzir grandes volumes, mesmo que isso signifique menor qualidade.
Dados da Anacafé mostram que apenas 15% das plantas de café foram substituídas por plantas resistentes à ferrugem. No mercado, dizem que os comerciantes e os exportadores resistem à mudança porque a Guatemala produz café arábica que gera uma xícara de café de alta qualidade.
Poderia alterar a qualidade?
É uma questão de critérios e experiência. Não existe uma fórmula, mas dizem que o café arábica, principalmente os guatemaltecos, pela qualidade do solo, localização, influência dos dois oceanos e dos solos vulcânicos, são doces e achocolatados, com acidez muito equilibrada, o que o qualifica como um café gourmet.
Dentro destas características, a doçura é muito importante, mas as variedades que dizem ser resistentes à ferrugem não são de arábica, mas sim conilon, o que o torna mais amargo e o preço não é mais tão atraente.
É hora para o país rever a sua política de café?
É uma questão de autoridades definirem, sugerirem e indicarem e os produtores tomarão suas decisões (qualidade x volume). A Guatemala adotou, desde a década de 198, a política de produzir café de alta qualidade, mas naqueles anos os efeitos da ferrugem e do clima não eram como os atuais. É necessário fazer um trabalho técnico sobre a forma de alcançar uma melhor produtividade.
Deve-se definir uma nova política?
Não favoreço nenhuma das duas, mas acho que deve ser analisado pensando que a cadeia de produção mudou. Há 20 anos, 80% do café era produzido por 20% dos produtores. Agora, 80% é plantado por 60% de pequenos produtores.
A quem impacta mais a baixa dos preços?
Aos produtores, porque se os preços são mais baixos, os custos de produção são devastadores. Enquanto o exportador coloca um valor que cobre seus custos. A taxa de câmbio é um elemento adicional que afeta a renda. Atualmente tem um grande impacto, um ano atrás estava em Q7,70 por um dólar e agora em menos de Q7,30.
Qual a situação do grão nacional?
A produção da Guatemala vem caindo, o que afeta diretamente o volume de exportação. Em 2016, o país embarcou cerca de 2,99 milhões de sacas de 60 kg. Para a colheita de 2000/2001, foram exportadas 5,14 milhões de sacas.
O que se deve fazer?
A decisão dependerá da política que o país quer seguir, se quer produzir qualidade ou volume. O Brasil, por exemplo, decidiu produzir grandes volumes, mesmo que isso signifique menor qualidade.
Dados da Anacafé mostram que apenas 15% das plantas de café foram substituídas por plantas resistentes à ferrugem. No mercado, dizem que os comerciantes e os exportadores resistem à mudança porque a Guatemala produz café arábica que gera uma xícara de café de alta qualidade.
Poderia alterar a qualidade?
É uma questão de critérios e experiência. Não existe uma fórmula, mas dizem que o café arábica, principalmente os guatemaltecos, pela qualidade do solo, localização, influência dos dois oceanos e dos solos vulcânicos, são doces e achocolatados, com acidez muito equilibrada, o que o qualifica como um café gourmet.
Dentro destas características, a doçura é muito importante, mas as variedades que dizem ser resistentes à ferrugem não são de arábica, mas sim conilon, o que o torna mais amargo e o preço não é mais tão atraente.
É hora para o país rever a sua política de café?
É uma questão de autoridades definirem, sugerirem e indicarem e os produtores tomarão suas decisões (qualidade x volume). A Guatemala adotou, desde a década de 198, a política de produzir café de alta qualidade, mas naqueles anos os efeitos da ferrugem e do clima não eram como os atuais. É necessário fazer um trabalho técnico sobre a forma de alcançar uma melhor produtividade.
Deve-se definir uma nova política?
Não favoreço nenhuma das duas, mas acho que deve ser analisado pensando que a cadeia de produção mudou. Há 20 anos, 80% do café era produzido por 20% dos produtores. Agora, 80% é plantado por 60% de pequenos produtores.
A quem impacta mais a baixa dos preços?
Aos produtores, porque se os preços são mais baixos, os custos de produção são devastadores. Enquanto o exportador coloca um valor que cobre seus custos. A taxa de câmbio é um elemento adicional que afeta a renda. Atualmente tem um grande impacto, um ano atrás estava em Q7,70 por um dólar e agora em menos de Q7,30.