Luiz Henrique Cruvinel

Publicado em 16/05/2023 às 09:56

Atualizado em 16/05/2023 às 09:58

 Foi finalizado o relatório da Vigilância Sanitária municipal sobre as condições encontradas na fábrica de café interditada em Uberaba na última quinta-feira (11), e os fiscais constataram desde a presença de ratos nos aparelhos de torrefação até o uso de um alvará irregular, em uma espécie de fraude documental. Operação de fiscalização na fábrica no bairro Vila São Cristóvão 

As informações são da chefe do Departamento de Vigilância Sanitária, Luiza Vilela, em entrevista à Rádio JM, nesta terça-feira (16).

Luiza revela que, ao todo, foram 83 “não conformidades” encontradas no estabelecimento no bairro São Cristóvão. A ViSa foi acionada após os laudos da Fundação Ezequiel Dias (Funed) que apontaram indícios de perigos aos consumidores.

“Quem nos notificou foi a regional do Estado, por meio do programa de monitoramento de qualidade dos alimentos, no qual coletam alimentos e realizam amostras para o laboratório da Funed, em Belo Horizonte.

Foi realizada a análise de diversas marcas de café em Minas, e nessa marca de Uberaba foram constatadas irregularidades no produto”, explica Luiza Vilela. Em Uberaba, apenas nesta empresa fiscalizada houve notificações de irregularidades, mas outras também foram vistoriadas pela Funed.

A situação da fábrica foi considerada, instantaneamente, irregular na presença dos fiscais da Vigilância Sanitária. Foram encontrados ratos nos ambientes de torrefação e a gerente apresentou documentação de uma empresa antiga, com CNPJ já baixado, para tentar burlar o monitoramento.

Ela foi presa, mas já colocada em liberdade após audiência em custódia.  “Fiscais relataram que viram ratos na hora da fiscalização. A gerente foi presa por crime contra o consumidor, porque misturava mercadorias de qualidade diferentes e colocava os produtos à venda. Foram constatadas 83 ‘não conformidades’ no relatório finalizado pelos fiscais da Vigilância Sanitária. (...) A partir do momento que a gente soube do crime, por conta dos laudos da Funed, e percebemos que foi constatado que a empresa vendia rótulos do café com CNPJ de empresa já baixada, solicitamos apoio do Ministério Público e da Polícia Civil.

Por isso, essa pessoa foi levada à delegacia”, esclareceu a chefe do Departamento. Agora, a empresa tem que passar pelos trâmites legais de regularização dos documentos de alvará para poder reabrir as portas. A fábrica deve enviar ao Estado o projeto arquitetônico atualizado para dar o pontapé na liberação.

O procedimento ainda não foi feito, até o fechamento desta matéria.

Fonte: Ratos no chão e alvará fraudulento: a situação da fábrica de café fiscalizada em Uberaba - https://jmonline.com.br/cidade/ratos-no-ch-o-e-alvara-fraudulento-a-situac-o-da-fabrica-de-cafe-fiscalizada-em-uberaba-1.272477